Pesquisa Nibelung´s Alliance

domingo, 6 de janeiro de 2013

Comemorações Celtas

Olá galera, muitos vezes me perguntam por que meus posts são sobre conhecimentos básicos e eu pouco falo sobre como é minha visão diante de muitos assuntos que podem ser definidos como "polêmicos" ou até mesmo variável.

Por isso hoje eu resolvi fazer um post mais longo, falando sobre as principais celebrações célticas e também como eu pessoalmente sozinha ou quando estava em um Clã realizava cada uma delas.

17 de Janeiro - Honra das Macieiras


A maçã é considerada a fruta da ciência e da magia, por isso era muito comum os Druidas reunirem-se embaixo de uma macieira com outro Druida para trocar experiências ou mesmo ensinar a arte da magia aos seus aprendizes.

A Ilha de Avalon é um lugar muito conhecido devido aos filmes, livros e documentários sobre sua localização e o que ocorrera ou não em suas terras, tal como o lugar onde Morgana foi iniciada à arte da magia, tornando-se uma grande Sacerdotisa. O verdadeiro significado da palavra Avalon é Maçãs, portanto o correto em nosso idioma seria Ilha das Maçãs e mesmo que digam que é algo mitificado, todos concordam que ela representa a fronteira entre o mundo dos Deuses ou o Outro Mundo e o mundo dos vivos.

Um fato curioso é que na Bíblia Judaica ou Antigo Testamento como é chamado pelos cristãos há uma passagem no livro de Gênesis que diz: 

"Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda arvore do jardim podes comer livremente, mas da arvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás, por que no dia em que dela comeres, certamento morrerás."

No entanto na era da evangelização cristã e ainda hoje, muitas Igrejas afirmam que esta arvore era uma macieira e que Adão e Eva partilharam uma maçã, no intuito de mostrar a todos o quão errados são os"pagãos" diante da Lei de seu Deus. "Como eles podem adorar a arvore que trouxe perdição ao homem?" (e sim eu já ouvi isso mais de uma vez.)

Como todo clã tem suas tradições e forma de celebrar, há muitas variações em como Honrar as Macieiras. No clã em que eu pertenci fazíamos um grande banquete com grande variedade de frutas e vinhos próximo a três macieiras plantadas na fazenda do nosso Grão-Sacerdote e mesmo que cada integrante tivesse maior afinidade com um Deus ou uma Deusa, todos fazíamos pequenas canções, poemas ou algum tipo de arte e mostrávamos aos outros, havendo até disputas por categorias.


Durante todo o ano, os galhos caídos das Macieiras eram guardados e durante a cerimonia eram confeccionados amuletos, colheres de pau, entre outros utensílios e dados a todos, para decoração de seus altares ou para uso próprio.

02 de Fevereiro - Imbolc


Comemorado por alguns no dia 01 de Agosto no Hemisfério Sul, também é conhecido como Candlemas e já falei um pouco sobre ele em Roda do Ano Celta, portanto não vou me estender muito no que ele é, mas apenas completar o post anterior.

A palavra Imbolc significa apressar-se e na época em que os Celtas estão em seu auge como povo mesmo, era comum em todas as casas, todas as velas e fonte de fogo serem apagados. Todos nas casas ficam junto com seus entes e em vigília olhando para o Leste aguardavam o nascer do Sol.

Acreditava-se que na noite de Imbolc, nossos antepassados passeavam em nosso mundo. Não haviam conflitos durante este dia e mesmo que houvessem guerras entre tribos, esta era uma noite em que não haveria nenhum combate. Já ao raiar do dia, todos sabiam que agora a terra seria descongelada e o solo começaria a se preparar para a próxima plantação.

Hoje esta data é dada em comemoração à Deusa Brigth, uma Deusa do Fogo, que traz em si a Luz, o Poder e o Brilho para a terra. Imbolc também marca alguns sinais da Primavera que logo chegará.

Os Celtas dependiam muito do fogo para sua sobrevivência  para aquecer as casas, para preparar os alimentos ou para forjar seus instrumentos domésticos e de batalha. Hoje o mundo mudou muito, temos a eletricidade a nosso favor, se estamos com frio, existem climatizadores, se precisamos armazenar um alimento perecível temos a geladeira e ainda temos o microondas para aquecer nosso alimento.

Essa evolução promove certa dificuldade em praticarmos esta celebração como os antigos o faziam, mas vai de cada um adaptar ao seu estilo de vida e a sua possibilidade. No Clã que eu participei, por ser uma fazenda, com o máximo de equipamentos rústicos possíveis, fazíamos tal como os antigos, todos reunidos, olhando o Horizonte, aguardando o Sol nascer enquanto fazíamos nossos pedidos à Brigth das sementes que gostaríamos que nascessem, tanto no lado físico como também no lado emotivo.

Conheço pessoas que como eu, hoje não tem essa acessibilidade e mantém em seus altares uma vela que permanece apagava até o raiar do Sol, mas algo que quero fazer quando tiver uma condição melhor, é apagar todas as luzes elétricas da minha casa e vigiar a noite, esperando o Sol renovar minha fé e minha esperança.


04 de Março - Festival de Rhiannon


Uma Deusa que teve grande variação de seu nome em muitos países em que é cultuada. Os gauleses a chamavam de Rhiannon, a Deusa-Cavalo do Inferno; os italianos a chamavam de Rigatona, a Fada-Cavalo; na Gália era conhecida como Epona, Deusa Protetora dos Equinos e na Escócia era chamada de Bubona, a Divina Rainha das Fadas.

Deusa da Lua e é à ela que fazemos nossos pedidos relacionados à fertilidade e ao Outro Mundo.

Um fato curioso é que a tradição na Gália era do povo relacionar-se com a Deusa, sendo o Rei, representante de seu povo, e uma égua branca, representando a Deusa. Este é um ritual que não se é mais praticado devido sua conotação a Zoofilia, mas sua intenção era garantir que o povo tivesse terras férteis para o cultivo e sobrevivência por um ano.

Uma outra versão deste rito, seria o Rei entrar em um grande caldeirão e ser banhado pelo sangue da égua, depois toda a carne do animal era despejado dentro do caldeirão e feita uma sopa servida como prato principal do banquete dado pelo Rei aos seus melhores guerreiros.

Pessoalmente esta é uma data indiferente para mim, mas conheço algumas pessoas que neste dia sacrificam a melhor égua que possuem e espalham sua carne e sangue por suas plantações.



Também conheço pessoas que celebram este dia com um banquete (sem carne equina) e pede a Rhiannon pela fertilidade de seus úteros ou pela prosperidade em sua vida.


21 de Março - Alban Eilir, o Equinócio de Primavera


Conhecido pela maioria como Ostara e comemorado no dia 21 de Setembro pelo Hemisfério Sul, é uma data que é motivo de conflito entre os praticantes do celtismo hoje. Alguns comemoram este dia relembrando os Druidas e outros alegam que esta é uma comemoração Wiccana ou New Age já que os antigos tinham apenas o Verão e o Inverno, por isso quero falar sobre o Alban Eilir.

A "Luz da Terra" representa o fim das noites longas e dias em que o Sol é frio, a Natureza desperta de eu sono de beleza e nos presenteia com uma terra mais coloridas e viva. Duas curiosidades sobre esta data é:

O símbolo druídico para este Equinócio é o trevo e na Irlanda, no dia 17 de Março, todos saem para rua com vestes verdes ou até mesmo com decorações e adornos de trevos, pois sabem que a Primavera está próxima.

A Lenda do Coelho da Pascoa, como hoje é conhecida com a troca de ovos de chocolate, deu-se ao fato que durante um ano inteiro um coelho pediu alguns favores à Deusa Eotre, que o atendeu tal como o coelho esperava. Numa forma de agradecimento, o coelho botou alguns ovos e os decorou com barro e cores extraídas de algumas plantas e os entregou à Deusa. Eostre maravilhada com o trabalho do coelho decidiu que era maravilhoso demais e compartilhou os ovos com a humanidade.


No clã que eu participei, acordávamos cedo e saiamos atrás de ovos de galinha ou pato (uma vez encontramos ovos de cobra também) e as moças e as crianças os pintavam e os adultos os escondiam novamente. No fim da tarde, juntávamos todas as crianças e começava a busca do tesouro dourado. 




As vezes criávamos alguns pequenos mapas com algumas dicas para as crianças e quem encontrasse o maior número de ovos ganhava dos Sacerdotes a honra de ser o primeiro a tomar vinho do cálice (eu ganhei dois anos seguidos).


01 de Abril - Dia de Arianrod


Seu nome em gâles significa a Roda de Prata e deu a luz a um menino após pisar em uma varinha mágica após ser questionada de sua pureza.



Arianrod recusou - se a nomear e criar seu filho e ele foi chamado de Dylan e criado pelo tio de Arianrod Gwydion e por isso muitos não celebram este dia em especial.
Mesmo não sendo uma Deusa, Arianrod tornou-se uma Deidade da fertilidade, da prosperidade e do impossível.


Já  vi casos de pessoas atirarem bonecas de pano ou de espiga de milho em rios ou córregos ou até mesmo "abandonar" esta bonecas em campos aberto. 




No entanto não sei se isto faz parte de algum ritual ou celebração ou apenas algo que estas pessoas faziam nesta data (sinceramente, eu sempre busquei manter-me o mais distante dessas pessoas).


30 de Abril - Beltane


Comemorado no dia 31 de Outubro no Hemisfério Sul, representa o auge da Primavera, mesmo que ocorra durante nosso Verão e também a união entre o feminino e o masculino.

Nos tempos antigos essa festividade ocorria de forma onde a Sacerdotisa deitava-se com um guerreiro, ambos desconhecidos e mascarados, representando a união, lembrando que naquela época, o pudor não era o mesmo dos dias atuais.

Um dos fatos em que muitos afirmam que no Celtismo, paganismo ou bruxaria há orgias é exatamente vários clãs reunirem-se e todos se mascararem ou se pintarem e após ingerirem grande quantidade de bebidas alcoólicas ou fazer uso de alucinógenos  há realmente formação de casais, que ultrapassam seus limites e isso ocorre ainda hoje.



Sei que no Clã em que pertenci havia esta celebração, mas havia certas restrições, (algumas não posso dizer, é claro).

Em geral, um homem ou uma mulher em união não poderiam participar se um dos dois fosse contra a ideia,  menores de idade (acima de quinze anos) apenas participariam caso seus patrocinadores fossem a favor e caso houvesse concepção após esta celebração, a mulher seria proibida de abortar o feto e todos participantes tornariam-se responsáveis pela criança. 




O que acontece durante a festividade fica entre aqueles que participaram e é preciso ter em mente que esta é uma celebração de fertilidade e não de prazer.


21 de Junho - Litha


Esta é mais uma data que gera conflito em partes dentro do Celtismo, esta é a data que marca o Solstício de Verão, onde lendas pré-germânicas, irlandesas e italianas contam histórias de uma Deusa que encontra-se com um Deus dos Bosques em todo seu esplendor e sucumbi ao seu charme.

É comum que as mulheres tomem um banho de leite na esperança que em breve estarão esperando um filho ou filha, tal como acontecerá com a Deusa, um caso mais comum em  mulheres de idade mais avançada ou mulheres com dificuldades para engravidar.




Em Litha encontramos um momento de esperança, onde o Sol nos aquece e tudo é possível. Há grandes festas com união de alguns Clãs, para troca de conhecimentos e também para renovação de amizades feitas nessas datas.





Conheci muitas pessoas durante esta comemoração que se tornaram muito importantes para mim ao longo da minha caminhada. Não é um momento apenas para plantações e procriações, é também um momento de encontrarmos a esperança que há pessoas boas em nosso mundo.


31 de Julho - Lugnasa


Conhecido com inúmeros nomes de acordo com seu país, sendo talvez o mais conhecido como Lammas (como os ingleses a chamam), trata-se de uma festividade da colheita  e também relacionado à Lugh (Deus que representa a Luz na escuridão), a festa de funeral e competições desportivas.


Era muito comum as pessoas subirem colinas colhendo mirtilo (blueberry) para fazer tortas e geléias que seriam oferecidos aos Deuses em uma grande festividade.

Reconstrucionistas Célticos tendem a seguir e basear sua celebração na tradição e fatos históricos, portanto celebram Lugnasa não no dia 31 de Julho, mas sim quando há sinal dos primeiros frutos de um pomar próximo ou na Lua Cheia mais próxima desta data. 

Este é um momento de agradecer a todas entidades e deidades pelo inicio da colheita que está por vir, por isso Lugh é tão referenciado neste dia, sendo ele o Deus das Tempestades e Relâmpagos  acredita-se que quando há uma leve chuva é por que o Deus aceitou os sacrifícios daqueles que se dedicaram durante árduo tempo.



Também é uma data de comemoração a Deusa Tailtiu, que após a invasão do Tuatha de Dannan, tornou-se a mão adotiva de Lugh. Devido sua morte por cansaço ao preparar as planícies para a agricultura, Lugh decidiu tornar aquele dia especial, criando assim os jogos fúnebres  onde continuou sendo comemorados até o século XVIII, com corridas de cavalos e disputas de força e habilidade.


Nesse dia as mulheres preparavam o lugar onde seria celebrado com muitas flores de tons escuros e muitos bolos, tortas e sucos. Os homens duelavam entre eles disputando quem era o mais forte ao arremessar um tronco ou mesmo pedras grandes.


21 de setembro - Mabon


Equinócio de Outono ou o chamado de Segunda Colheita, representa o equilíbrio entre a noite e o dia e esta já é uma cerimônia mais formal, por assim dizer.


Dedicado à Angus Mac Og (Deus do Amor), costuma-se haver um grande jantar com os membros mais próximos do Clã ou até mesmo sua família e todos servir-sem de alimentos como grãos, frutas, legumes e carne, enquanto todos apreciam uma boa musica.





Quando eu estava no Clã, por muitas vezes, devido minha posição, eu era convidada a muitos jantares e tinha que correr de uma casa à outra como forma de agradecimento, já que seria de grande ofensa eu recusar um por estar com outro.




Esta também é uma data para refletirmos do que estamos fazendo de bom ou ruim em nossas vidas e quanto disso interfere ou ajuda aqueles que estão a nossa volta.


01 de Novembro - Ano Novo



O ano Celta termina na noite do dia 31 de Outubro, o famoso Dia das Bruxas, aqui no blog eu já contei toda a história desta data por isso não vou me estender muito.

Ao contrario, vou me concentrar mais em dizer como vivenciei esta data inúmeras vezes dentro e fora do Clã.


No dia 30 de Outubro eu me encontrava com meus primos na fazenda do meu tio, onde é a sede do Clã que fiz parte. Durante o dia todo nós preparávamos nossas vestes para a comemoração, pintando nossas túnicas ou até mesmo costurando pedaços adicionais.



No dia 31 de Outubro junto com todo o Clã, nós fazíamos uma imensa folgueira, trabalho que tomava grande parte do nosso dia, enquanto as mulheres mais velhas preparam as comidas para a festividade.

Todos vestidos e mascarados, dançávamos em volta da fogueira e depois o Grão- Sacerdote nos contava histórias de nossos antepassados, lendas e mitos que ele ouviu quando menino e  histórias também de nossos Deuses.



Quando o Sol estava para se pôr, todos se reuniam em volta de uma grande mesa, onde estavam postas as comidas, e oferecíamos parte de nossos alimentos a fogueira. Muitos pensavam em seus antepassados que gostariam de reencontrar e outros como eu ofereciam enquanto agradeciam todas as bençãos daquele ano à um Deus, uma Deusa ou uma Deidade.


Todos se reuniam para o banquete e os mais velhos ficavam até mais tarde em volta da fogueira dançando e cantando enquanto os mais novos, sentado, assistiam e aprendiam.


21 de Dezembro - Yule


Muitos são os casos que as datas "pagãs" coincidem com as datas cristãs e este é mais um caso. Inicialmente o Natal não era comemorado em Dezembro, mas  em 350 d.C o Papa Julio I decidiu mudar a data de forma a converter mais pessoas a sua religião. 

O Yule representa o nascimento de nosso Deus, onde mais um ciclo se fechou no infinito triângulo celta. Mesmo que o dia 01 de Novembro seja o primeiro ano de acordo com a época em que os Celtas dominavam e eram mais populosos, o dia 21 de Dezembro é celebrado por alguns como o fim do ano real.

Tudo termina para que o novo nasça e não é diferente nesta data. Meu tio costumava dizer que este era um dia de celebração e respeito. Um morre para que outro possa nascer e é assim que as coisas são até hoje.




Nas cerimonias, eu costumava sentar o mais longe possível da fogueira e sentir o frio da noite, como forma de respeito à Morte. Não devemos tême-la, nenhum mal há na Morte, quem sofre é aqueles deixados aos olhos da Vida, mas tudo é passageiro e nada é eterno. Morremos hoje para que outro nasça e traga consigo o mistério da Vida, que é o sorriso de uma criança, o pulo de um filhote ao se espantar com algo novo, entre as coisas pequenas estão os verdadeiros sentidos e valores da existência.





Bom galera, sei que este post ficou muito comprido, mas espero que vocês apreciem este post em especial que fiz com muito carinho.


"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas."






quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Odinismo Tribalista e suas Limitações




 Olá a todos, vendo alguns comentários no nosso grupo do Facebook sobre "permissões" da fé e sobre liberalismo modernista em cerimonias Odinistas, decidi falar um pouco sobre meu ponto de vista e tendencias ritualísticas do Allmáttki Áss.

 Bom dúvidas vem sendo geradas e novos praticantes da fé sobre a importância de certos símbolos para prática de cerimonia e adoração aos Deuses, eu como muitos já devem saber (acho que já estão cansados de me ver lembrando isso aqui ha ha) sou Odinista Tribalista ou modernista, certos nomes e classificações são estranhos a novos seguidores e na verdade muitos grupos dão diferentes nomes, como antes de criar o kindred eu passei por diversos outros que me receberam para aprender meio que peguei algo de cada mas sempre explicarei aqui o significado de cada nome. Como Odinista Tribalista sou adepto do modernismo, mas com limitações, nenhum Odinista precisa ostentar um simbolo para crer nos Deuses, a fé vem da espiritualidade e ligação a Eles, ninguém será menos Odinista ou mais por que possui um colar ou um bracelete, um próprio membro do meu kindred devoto sério da fé não possuía um Mjöllnir até pouco tempo, não conseguiu encontrar na cidade dele então enviei um à ele. 


 Isso meu amigos é uma breve história para explicar que não deve se prender a certos símbolos como necessário, agora muitos me perguntariam "Então qual a diferença entre ser Tribalista ou Modernista?" A resposta é simples, o Liberalismo deve ter Limites. Não devemos nos prender a ideia de que símbolos são necessário para seguir a fé, mas para realização de cerimonias é outra histórias, quando se realiza um Blót ou qualquer prática ritualística deve se ter em primeiro lugar uma pessoa experiente para conduzir isso é um procedimento sagrado, apesar de vários grupos dizerem que o que importa é o seu sentimento pelos Deuses a prática de rituais feitos de forma comum por inexperientes e sem preparo Denigri nossa fé é uma Banalização de tradições, você comemorar algo não precisa ser no Chifre de beber mas uma Libação cerimonial não deve ser feita num copo comum, seguir as tradições é o que mantém nossa fé forte e não devemos abrir mão disso.

 Claro que quando falamos em Banalização parece estarmos restringindo muito, como por exemplo, se formos seguir uma causa tradicionalista vemos que os antigos possuíam lugares sagrados onde eram ofertados os Blóts fontes, grandes arvores, montanha, entre outros. Todas as opções são coisas que hoje muitos encontram dificuldades para encontrar para quem morar em grandes metrópoles como a cidade de São Paulo é quase inviável, então há adaptações que podem ser feitas, desde que a cerimonia seja correta podemos adaptar alguns lugares como terraços, quintais, preferencialmente (ao meu ver) ao ar Livre, mas se for inviável também poder optar por ser em um local coberto.





Espero que tenha esclarecido muitas duvidas em relação aos conflitos com o Modernismo, claro que todas seguindo meu ponto de vista olhando por um lado Tribalista, nem todos podem defender ou apoiar tal visão mas espero ajudar aquele que quiseram aprender.



Hægl Gudenes!