Pesquisa Nibelung´s Alliance

quarta-feira, 30 de março de 2011

Dainn, Dvalinn Duneyrr e Duraþrór

Oi galera, pois bem, estamos no meio da semana, e para quem sabe hoje é dia de post sobre criaturas nórdicas comigo, e hoje falarei sobre os quatro cervos que vivem à roer as raízes da grande árvore que sustenta os mundos a Yggdrasil, seus nomes são Dainn, Dvalinn, Duneyrr e Duraþrór.
Encontrados na maior referência da religião e cultura nórdica os Eddas poéticos, mais precisamente em Grímnismál, é a unica evidência da presença dos quatros cervos.


Há quatro veados que mordem os ramos

com os pescoços dobrados para trás.
Eles são Dáinn e Dvalinn,
Duneyrr e Duraþrór.



Como visto os cervos, vivem alimentando-se das ramas e das raízes da Yggdrasil, são representantes das 4 estações, mas há antropólogos e historiadores que afrimam que representem as quatro fases da lua.


Dáinn, seria o verão, ou a lua cheia, quando as folhas secavam ele iria à seu banquete, seria um cervo de grandes chifres e de imponência viríl.


Dvalinn é resentado como o outono, se alimentando das sobras de Dáinn, também representa a lua crescente, tem a forma de um veado pequeno, sempre buscando a imponência.


Duneyrr seria a representação do inverno e da lua minguante, da fome e da tristeza, ou também da coragem e da perseverança, ele reverencia ao próximo, com inveja e ardor, ams se curva para o seus próximo. É visto como um Cervo de pelagem branca, forma esguia e arisco.

Por ultimo chega Duraþrór, a representação da primavera e da Lua nova, não tão belo quanto seu sucessor, mas representa a fertilidade e a chegada das boas novas.


Todos os quatro vivem junto à serpentes que por sua vez devoram as raízes e tentam afastarlhes do fluxo de crescimento da Yggdrasil.
Toda informação contida aqui é controversa, afinal muitas são as representações para as 4 estações ou às 4 fases da lua. Além do mais, muito do que se sabe é um estudo aprofundado de um único verso e de algumas runas que se referem aos 4 cervos.


Então é isso galera, espero que tenham gostado do post, e se tudo der certo e o destino conspirar ao meu favor teremos, sexta, um post sobre um personagem famosíssimo tanto na cultura celta quanto na conteporaneidade

terça-feira, 29 de março de 2011

Bandas Celtas


Bom galera, como prometido semana passada, hoje estarei falando um pouco sobre a música celta e algumas bandas de destaque.

Hoje a música celta está subdividida em: New Age, Tradicional, Fusion e Folk cada uma com um estilo próprio, mas a maioria com os mesmos instrumentos musicais.

A banda que deu início ao estilo New Age com certeza foi a Banda Enya na década de 90 lançando vários álbuns na Irlanda que não demoraram muito para repercutirem em todos os países, se você assistiu ao filme O Gladiador com Russel Crowe de 2000, deve conhecer May it Be.

Mas não vamos nos centrar nas divisões de hoje e sim nas bandas desse cenário maravilhoso, outra cantora muito apreciada é a canadense Loreena McKennitt que com sua voz traz paz e serenidade aos seus ouvintes, em 1993 sua versão pra música Bonny Portmore foi tema do filme Highlander 3, também teve musica como tema no filme Soldier e Jadie, mas foi no filme A Bruma de Avalon em 2001 que sua voz se tornou conhecida mundialmente.

Algumas bandas muito boas que eu recomendo, são: Celtic Woman, Lúnasa e Planxty da Irlanda, Flook da Grã-Bretanha, Quinta do Bill de Portugal, Era da França e como não poderia faltar também, Terra Celta e Tuatha de Danann que são brasileiras.

Por hoje é só, até quinta-feira.


"A música liberta-me, suaviza minha dor e me conforta."


segunda-feira, 28 de março de 2011

Morte no Odinismo II

Oi galera hoje vou dar continuação ao post morte no Odinismo falando sobre os mundo que os mortos habitam.

Helgafjell



Helgafjell, “a montanha sagrada” era uma idéia de vida após a morte que aparecia nas fontes nórdicas do oeste. Esta montanha poderia ser uma formação montanhosa na vizinhança, e era tão sagrada que as pessoas não poderiam olhar em sua direção sem antes lavar o rosto. Na montanha sagrada, os integrantes dos clãs nórdicos levavam uma vida semelhante a que eles haviam tido vivido no mundo mortal. Alguns médiuns podiam olhar para a montanha e o que viam não era assustador, mas era um cenário com uma fogueira quente, onde bebiam e conversavam. A idéia principal seria dos que não morressem como guerreiro os cidadão comuns fossem para lá.
Niflheim


É muito comum encontrar livros e até sites que chamem esse mundo de Hel, isso se deve ao nome da giganta guardiã desse mundo Hel a deusa cadáver filha de Loki e também por muitos associarem ao que seria um “inferno” para os nórdicos.
O reino de punição era uma praia feita de cadáveres chamada Náströnd dentro de Niflheim. Seu mundo é separado do dos vivos por uma corredeira denominada Gjöll através do qual está Gjallarbrú uma ponte sobre o rio, pela qual os mortos devem passar. Os portões são pesados, e fechando atrás daqueles que passam para nunca mais retornarem. Niflheim é o destino final para aqueles que não morrem em batalha, mas por idade ou doença. No Baldrs draumar, nós lemos que Hel tinha decorado uma generosa mesa quando ela esperava por Baldr para adentrar em seu salão. Ainda, é provável que não era um destino atrativo, como as sagas contam de guerreiros que cortavam a si mesmos com lanças antes de morrer a fim de enganar Hel para pensar que haviam morrido de forma heróica em batalhas.
Valhalla


Valhalla era o destino de metade daqueles que morriam em batalha recolhidos como einherjar, uma comitiva reunida com um único propósito: manter-se apta para a batalha, em preparação para a última grande batalha: Ragnarök. Em oposição ao reino de Hel, que era um reino subterrâneo dos mortos, parece que Valhalla estava localizado em algum lugar nos céus. O reino de Odin era principalmente uma morada para os homens, e as mulheres que viviam lá eram as valquírias que pegavam os guerreiros caídos no campo de batalha e traziam-nos para o salão de Odin onde elas davam hidromel a eles. Há pouca informação para onde as mulheres iam, mas ambos Helgafjell e o reino de Hel deviam ser abertos a mulheres e os generosos presentes dados as mulheres mortas poderia demonstrar que eles entendiam haver uma vida após a morte para as mulheres também, que é a pergunta de muitos.
Fólkvangr


Fólkvangr é um salão pós-morte sob o domínio da deusa Freyja, que escolhia metade daqueles que morriam em batalha para morar com ela lá. De acordo com o poema da Poetic Edda, Grímnismál:



Fólkvangr é o nono, lá Freyja comanda
As audiências no salão.
Ela escolhe a metade dos mortos cada dia,
Mas Odin tem a outra metade.

Espero ter matado muitas duvidas hoje e espero vocês quinta pra mais um post,
valeu



sexta-feira, 25 de março de 2011

Caoineag ou Banshee: O Grito da morte!

Oi, galera! sexta feira e encerramos a nossa semana com mais um post sobre criaturas ou seres da cultura celta.
No post de hoje iremos falar sobre uma das fadas que povoam a cultura celta, mais precisamente o folclore irlândes.
Diferente da nossa primeira musa, a Baobhan Sith, que aparecia com sua forma majestosa e bela, hoje traremos fada Caoneag.
Também conhecida como Banshee, a Caoneag, é uma entidade das ravinas, aparecendo em qualquer momento, com sua pele branca, seu corpo esquelético,
seus olhos negros e seus lábios pálidos. Muito parecida com uma senhora de idade avançada, trajando de trapos à roupas fúnebres, com suas marcas de sangue.

Ela se posiciona no alto de um monte e lança seu temível grito agourento. Muitas lendas correm de como se nasce ou se vira uma Banshee, mas carece de fontes.
Com o passar dos tempos adquiriu inumeras versões, como a de uma donzela que chorava junto de córregos ou cachoeiras, ou mesmo a de um menino franzino que
murmurava aos quatro ventos, mas sua característica mais marcante é a da famosa velha irlandesa que se posiciona nas ravinas.
A Caoineag, seria a versão que daria a origem ao estereótipo de agouros de morte e as bruxas da idade das trevas.
Mulheres velhas, feias, misteriosas e com urros, gritos ou gargalhadas, já que durante a era das trevas, nenhum homem ou mulher poderia gargalhar, ou fazer qualquer coisa que " desestruturasse os valores canônicos"




Durante a caça as bruxas, que se extendeu por muito tempo, as mulheres que eram pegas e postas nas fogueiras da inquisição gritando de desespero
(é claro, seus corpos queimavam e o calor do fogo faria qualquer um gritar), essas "queima de bruxas" além de constantes eram um atrativo para a população que se
reunia para ver as mulheres queimarem, mas, na Irlanda e em alguns países onde o folclore celta deixara resquícios, a população era alertada à tampar os ouvidos ou
interromper a atenção do grito das mulheres, pois poderiam ser uma Caoineag que estaria gritando, lançando a todos uma maldição.
Mas é Óbvio, que a Caoineag não transmitia maldições, ou uma morte, mas apenas seu aviso, direcionado para aqueles que a ouvissem ou para um próximo à eles.
Para os povos irlandeses da era pré-cristã, antes de partirem para uma batalha os guerreiros saberiam se teriam êxito ou não e mesmo que na noite anterior ouvissem o grito de Caoineag, lutavam destemidamente para serem dignos das lágrimas de tal Fada.

Ok galera, e esse foi um post de sexta, um ótimo final de semana para todos e ouvidos atentos para qualquer grito estridente!


quinta-feira, 24 de março de 2011

Música e Dança






A música e a dança celta vêm sendo mantidas e preservadas pelos povos em que a influência dos celtas é mais visível, como nos sete países mais celtas: Escócia, Irlanda, Pais de Gales, Bretanha (região da França), Espanha, Inglaterra e a Grã Bretanha , assim como os países que sofreram influência desses povos, tais como os EUA e o Canadá (em sua região Norte). Muitos confundem às vezes a new age com a música celta, mas o fato é que esse estilo tem muito pouco em comum com a música tradicional.
As danças celtas mais conhecidas são as reels, as jigas, valsas, marchas, entre outras. Vou falar aqui sobre as duas principais e mais bonitas (na minha opinião), que são as Reels e as Jigas .

Reels: caracterizada pela formação de roda e utilização a figura do oito. Com a adaptação do nome para "rilo" a dança foi apreciada nos salões brasileiros nos séculos passados e depois levada meios rurais do Rio Grande do Sul. No entanto não tem exatamente trajes típicos para serem dançada, apenas roupas coloridas.



Jigas: se trata de uma dança barroca, de origem irlandesa. São danças mais leves e densas de movimento rítmico continuo e circulatório. E saltitante. Os trajes nos fazem recordar o século retrasado, as mulheres utilizando vestidos coloridos e os homens bem vestidos normalmente de preto.
Já os instrumentos utilizados nas musicais celtas são: violinos, acordeons, flauta, banjo (usado mais nos EUA), gaitas de foles, bodhran (instrumento de percussão), etc.

Violino: é um instrumento de cordas de quadro cordas, sendo elas E (Mi), A (La), D (Ré) e G (Sol) e timbre muito agudo.

Acordeon: há quem o chame de sanfona, seu som é produzido pelo ar que entra entre duas paletas chamadas de castelo, que soam mais grave ou agudo de acordo com a distancia entre elas. Possui também um teclado vertical no lado direito e botões chamados de baixos no lado esquerdo.

Flauta: conhecida também como PennywhistleI, é uma pequena flauta normalmente de madeira, mas também se encontra de latão ou estanho. O que a diferencia das demais flautas é seu timbre que é mais agudo e claro e tem apenas seis furos, já que existem flautas com até 10 furos.

Banjo: instrumento de corda de corpo redondo e com uma abertura circular em sua frente, um longo e fino braço e cordas metálicas, podendo ter quatro ou seis cordas. Ele é mais utilizado por grupos de folk americanos.

Gaita-de-fole: Com certeza este é o instrumento musical mais utilizado nas musicas celtas e folks em geral. Ele é composto por um tubo melódico e um insuflador ligados a uma bolsa de ar. Mesmo sendo um instrumento de ar como uma gaita normal, não há necessidade do musico ter que interromper a melodia para respirar, já que no Fole já haverá ar suficiente para uma breve respiração.

Bom galera por hora é isso, semana que vem estarei falando sobre bandas e grupos dedicados ao celtismo.

“É na música que nos aproximamos mais de nossos Deuses.”

Morte no Odinismo



E ai galera, mais uma quinta mais um post sobre a crença Odinista espero que gostem, hoje vou falar da morte no Odinismo.

A morte antigamente para os nórdicos era associada a diversos costumes e crenças. Existem diversas maneiras de se fazer um funeral, e também existem varias noções de almas e de para onde vão como: Valhalla, Fólkvangr, Hel e Helgafjell.

Existe pelo menos duas interpretações conhecidas de alma pelas antigas crenças nórdicas. O último suspiro que uma pessoa dá era entendido como a passagem para o mundo dos deuses o fim de uma vida humana e começo de uma espiritual. Há também uma “alma livre” ou “alma onírica” que poderia somente deixar o corpo durante momentos de inconsciência, êxtase, transe e sono. A alma consciente compreendia tanto as emoções quanto a vontade, estava localizada no corpo e só podia ser liberada quando o corpo fosse destruído. Quando o corpo jazia, a alma consciente poderia começar sua jornada para o reino dos mortos, possivelmente usando a alma livre como intermediária.

Funeral

Nos funerais os objetos funerários tinham o mesmo tratamento que o corpo, para poder acompanhar a pessoa morta em sua pós-vida. Se uma pessoa era imolada (oferecida em sacrifício), então seus pertences deveriam ser também, e se o falecido fosse enterrado, seus objetos seriam enterrados com ele também. Muito freqüentemente eram cremados também com seus pertences, e sempre garantindo cremar o falecido por inteiro para que ele não volte para assombrar. Escravos às vezes eram sacrificados para serem úteis no pós-vida. A um homem livre eram dados usualmente armas e equipamentos para cavalgar. Um artesão como um ferreiro, poderia receber seu conjunto de ferramentas. Mulheres eram providas com suas jóias muitas vezes com os objetos para suas atividades tanto domésticas quanto pessoais.
Um dos mais conhecidos tipos de funeral ligados aos costumes nórdicos era a queima de navio, onde agrupavam os corpos em um navio e o queimavam no oceano era um funeral mais usado por ricos. O mais suntuoso funeral Viking descoberto é o navio-jazigo Oseberg, que era de uma mulher obviamente de elevado status social, que viveu no século IX.

Era comum queimar corpos e as oferendas mortuárias numa pira, que a temperatura alcançava um calor insano muito superior aos fornos crematórios de hoje. Tudo que permanecia eram alguns fragmentos de metal e alguns ossos humanos ou animais.
No século VII um dia após a morte da pessoa, era celebrado o sjaund, ou brinde funeral, pois envolvia beber ritualisticamente. O brinde funeral era uma forma de demarcação social da questão da morte. Somente após o brinde funeral que seus herdeiros poderiam legalmente clamar a sua herança.

Pós-morte

Os historiadores ainda não sabem muito sobre os cultos aos ancestrais na antiga Escandinávia, acredita-se que assim que o homem morria sua alma começava o caminho ao mundo dos mortos para o lugar de pós-morte apropriado a ele.

Bom galera espero que tenham gostado, darei continuidade ao post na segunda-feira, explicando quais são os lugares que os mortos iam no seu pós-morte.
Obrigado e até segunda.



quarta-feira, 23 de março de 2011

Hugin e Munin: Os corvos de Odin

Oi galera! Mais uma quarta e com ela mais um post sobre criaturas fantásticas do universo Nórdico, então hoje irei falar sobre os dois "escudeiros" do Deus Odin, os corvos Hugin e Munin.

Segundo consta nos Eddas Hugin e Munin são a representação da memória e do pensamento de Odin, estando empoleirados ao ombro de seu mestre. São dotados de fala, assim informando todas as novas que correm por toda Midgard. À noite chegavam ao lado de seu deus e começavam-lhe contando sobre tudo que acontecia em Midgard, já que por falta de um olho, Odin não teria tanta eficiência para tomar conta de Asgard e Midgard.

Caso fossem mortos, Odin pronunciaria suas Runas em seu palácio e assim revivería seus leais escudeiros.
A clara imagem de Hugin e Munin é a de dois corvos, negros de tamanho um pouco fora do normal, sempre bem saudáveis, sobrevoavam toda Midgard, sobre tudo os campos de batalha.

Teria sido daí, graças ao impulso cristão durante a conversão dos povos nórdicos, que a imagem dos corvos fora ligado à um agouro de morte, no entanto para um Nórdico que se preze a presença de um corvo em qualquer lugar é o sinal de que possivelmente Odin poderá estar lhe observando.
Corvos são de natureza onívora, ou seja, não necessariamente necrofaga, são muitas vezes vistos após chuvas e dias escuros, já que sua dieta é composta por invertebrados e pequenos roedores que geralmente preferem sair sobre esses dias chuvosos e escuros para não alertar os predadores. No Brasil a única espécie de corvo comum e exclusiva seria a da Gralha azul.

Voltando à Hugin e Munin, seu nome, hoje, esta em uma banda brasileira de Viking/Metal de
Santos, fundada recentemente por volta de 2007, suas letras são bastantes ligadas ao Nordismo, mas a banda se encaixa mais no visual Asatrú. Primeiramente a banda se chamaria Gungnir ( alusão à poderosa lança de Odin) no entanto acabou por escolher os dois corvos por conflitos autorais.
Você pode dar uma olhada nas letras e alguns videos da banda clicando AQUI!


Ok, galera, então é isso... O post quase não sai, mas finalmente veio, eu vou ficando por aqui e até Sexta com um novo post sobre criaturas Célticas. Abraços!

terça-feira, 22 de março de 2011

Sociedade Celta


Olá galera, mais uma terça-feira. Hoje vou falar um pouco mais sobre como era a sociedade Celta, não vou me aprofundar muito neste assunto porque senão esse post não acabará nunca.
Os Celtas viviam em uma Oppidum governada por Reis Guerreiros, por Rainhas ou Aristocratas que fosse eleito pelo povo, uma vez que estes não permitem serem dominados facilmente, mas normalmente pertencia a família do governador anterior, mas nem sempre o filho dele, como se vê em muitos casos de reinados, tal como foi em Portugal.
Tais comunidades ou aldeias por assim dizer, eram cercadas com paliçadas e fossos para defesa, e por trás dessa proteção havia uma extraordinária organização na distribuição de espaço. As casas que eram circulares, feitas de madeira ou pedra e olmo ficavam de um lado da aldeia, de outro lado havia o comercio onde também eram discutidos os planos e estratégias antes das batalhas e um lugar reservado aos Deuses, que eram preservados pelos sacerdotes, mas nada como templos, não, muito pelo contrario, os Deuses não aceitariam este tipo de homenagem, por tanto eram criados espaços com pedras grandes e próximas a matas, bosques e florestas, para ali celebrar e agradecer aos Deuses.
Praticamente, a sociedade de dividia em três partes: A Nobreza, constituída pelos melhores guerreiros, os Sacerdotes Druida, que eram os responsáveis pelas cerimonias e preparo de poções “mágicas” para cura, entre outros e os Homens considerados Livres, os ferreiros, artesãos, ou produtores de algum bem para ao grupo ao que pertencia.
Para sobreviver os Celtas cultivavam mais o trigo e criavam também gado, que era uma forma de determinas a riqueza de cada um, uma vez que não haviam valor de moeda entre eles, portando quanto mais gado você tivesse, mais rico seria. Muito criativos no artesanato foram eles que criaram o xadrez para suas vestes e criaram também o barril para transportas as bebidas.
Quanto aos seus trajes, era comum entre os homens o uso de calças, túnicas feitas de linho que iam até seus joelhos, as mulheres já usavam túnicas também de linho até os tornozelos, ambos usavam mantos ou capas de lã. Sempre com muitos broches, anéis de ouro, cintos ou faixas coloridas. Já quando os guerreiros e guerreiras iam para a batalha, eles pintavam-se de anil, para parecerem mais assustadores, usavam o cabelo comprido e raspavam os corpos que normalmente eram tatuados com desenhos estranhos ou figuras de animais, normalmente referente ao totem da tribo. Eles clareavam o cabelo com água de cal, os eriçava para o alto ou prendiam puxados para trás.
Os celtas aterrorizavam seus oponentes tanto pelas táticas e coragem diante das batalhas quanto a sua aparência, uma vez que eram altos músculos e na sua maioria loira e ruiva.
Bom galera, espero que tenham gostado e aprendido um pouco mais dessa civilização, até quinta-feira.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Significado das Comemorações Odinistas

Atendendo um pedido em especial de um de nossos seguidores.
Em especial a comemoração de sábado (20/03) o Haustablót.

Haustablót: Equinócio de Outono, Sacrifício de Outono. A luz e as trevas se equilibram novamente e a morte adentra sua influência sobre o ano. O perecimento de todas as coisas é o tema deste festival. Freyja está no submundo atrás de seu colar. Baldr se encontra no submundo também. Sif têm seus cabelos dourados cortados por Loki. Idunn é refém de Thiassi. Um grande sacrifício é feito aos velhos deuses para proteção e reflexão neste tempo em que as coisas perecem e os estoques de alimentos e lenham devem começar a ser feitos para esperar o inverno. Os deuses e homens estão desesperados e ansiosos pelo retorno da luz.

Freyrfaxi ou Loafmass: Festa de Frey ou Festa do Pão. Celebramos a primeira colheita com um grande sumbel e oferendas para os elfos e seu senhor Frey pelas graças da colheita. Pães sagrados são feitos especialmente para esta data e os Deuses do Grão são venderados, como Frey e Sif, Byggvir, João Cevada, Jord. A paixão de Frey estimula a terra a produzir.

Winternaettr: Noites de Inverno. O véu entre os mundos fica fraco e também os quatro Senhores das Estrelas, Nordri, Austri, Sudri e Vestri abrem seus portais dos mundos e todos espíritos vagam livres por Midgard. Isto ocorre, porque no final das noites a Caçada Selvagem, das almas, irá começar. Nesta noite Odin, O Senhor dos Enforcados irá se sacrificar por nove noites em Yggdrasil, em busca do êxtase e do domínio das runas, renascendo como o Altíssimo, o Senhor da Caçada Selvagem, que têm início na madrugada da última noite. Durante os ritos, necromancia é praticada e os mortos são convidados a participar dos ritos e a descerem no Wéoh para dar conselhos, lançar encantamentos ou fazer previsões.

Yule: Solstício de Inverno. Marca o início do novo ano nórdico e também o ápice da Caçada Selvagem, quando finalmente os fantasmas encontram sua iluminação junto à Odin, de volta a Asgard. No Yule temos o retorno da luz solar e os temas refletidos nesta data são os últimos sofrimentos de Frey quando Gerda deixa o país de inverno dos gigantes para encontrá-lo, enquanto esta enverda a terra com seu manto branco de neve. Também é nesta data que acontece a luta de Heimdallr e Loki pela posse do Colar Brinsingamen de Freyja (que sofre com o inverno); e é quando Hermod descerá ao submundo e irá encontrar-se com Hel e Baldr, que é a própria iluminação revelando a ele os mistérios da morte e do retorno da luz – revelação esta que só irá se concretizar na primavera, que é quando acontece o degelo e todas as coisas choram a perda de Baldr, conforme manda Hel. Loki desce ao submundo em busca da donzela Idunn e suas maças da imortalidade, enquanto os deuses envelhecem e perecem. Durante a virada da madrugada de Yule, até que a aurora floresça, toda a escuridão irá tomar conta do mundo dos deuses e dos homens com uma promessa de vitória.

Bom esse é o significado dessas datas espero que tenha esclarecido duvidas, e lembrando que o Yule leva 09 dias.



domingo, 20 de março de 2011

Dia de Mabon


O Mabon é comemorado dia 21 de março aqui no Hemisfério Sul exatamente as 20:21hs e é um momento para agradecer, meditar e refletir. O Deus em breve morrerá, está muito doente, portanto devemos prestar nossa homenagem a Ele.
Seja por meio de musica ou qualquer outra forma de arte, poesia, pintura, etc., é o momento de nos dedicarmos ao Deus que logo partirá para a escuridão e também consola a Deusa que logo estará só.
É um dia para se comer mais pães, nozes, vegetais, raízes e frutas, se tomar cidra, sucos naturais feitos da própria fruta e vinhos, ouvindo boas musicas ou as tocando, é um momento seu com os Deuses, seja você um seguir solitário ou pertencente a algum clã ou coven.
Uma forma também de celebrar esse dia para quem mora na cidade ou longe do campo e não pode fazer um piquenique aos Deuses, é fazer uma doação de roupas, alimentos ou algo que você não usa mais para pessoas carentes, não precisa também sair tirando suas roupas do corpo, se acha que pode ajudar alguém por que não o fazer?
Espero que tenha sido clara mais uma vez e que esse post sirva como um aprendizado a mais em seu caminho pela busca de conhecimento.
Que o leite derramado seja sempre um ato de agradecimento a Terra nessa longa jornada.”


sexta-feira, 18 de março de 2011

Baobhan Sith, A Vampíra Escocesa

Oi Galera, hoje venho com um post ligado ao folclore, não à religião, celta, um ser que poucos conhecem, vejam agora um pouco sobre ela, aproveitem e uma boa leitura.

Imagine-se na Escócia, sob um dia frio e andando sobre uma estrada adjacente à uma frondosa floresta, do nada uma bela voz acompanhada de uma brisa carregada de um aroma suave e feminino.
A voz vem acompanhada de uma música magnífica e em meio às árvores surge uma bela mulher, semi-nua, com um corpo maravilhoso, pele branca, cabelos negros como a noite e com um olhar penetrante e ecstasiante.
Ela lhe acena para que a siga de uma forma delicada e misteriosa, você se põe a seguir, ela vai adentrando na floresta, você se vê em uma clareira, e sem saber quanto tempo ou por qual caminho andou, você se põe a dançar junto da bela mulher, seus pés começam a fazer isso involuntariamente, nada lhe importa, a não ser dançar junto com a bela mulher, passa noite, passa dia e depois de um certo tempo, você já não acha mais nada, pois está morto.
Esse pode ter sido um dos inúmeros fins trágicos de quem tenha andando no caminho da Baobhan Sith, a dama que bebe o sangue dos desavisados das florestas escocesas.




Baobhan Sith pode ser vista como uma fada, entidade ou espírito maligno e pouco se sabe sobre ela. Após tantos anos ela adquiriu um aspecto mais sombrio na Escócia e não se sabem bem o por que,se foi para afugentar estrangeiros, evitar que crianças fossem próximo das florestas ou algum outro motivo para essa distorção negativa de um ser de base celta


Infelizmente pouco se tem notícia ou dados de um ser tão magnífico, mas podemos ver uma grande menção à uma das criaturas mais famosas dos tempos contemporâneos, o vampiro. Quem sabe seja mais uma alusão de outra das tantas culturas que fazem imagem de um ser tal como esse.

É de veras uma pena que seres como Baobhan Sith careçam tanto de fontes confiáveis e de um conteúdo mais abrangente, mas fica valendo uma menção desse ser extraordinário no Nibelung's Alliance. Até semana que vem com mais um post!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Roda Do Ano Celta



Olá, hoje vou falar sobre os dias importantes para os celtas, dias de festividade e seus significados, os Sabbaths, que descreve o ciclo do ano céltico.

Os Sabbaths são divididos em oito festividades anuais, onde os quatro maiores são: Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas, conhecidos também como “Quatro Quartos” e os quadro menores são: os Solstícios de Inverno e de Verão e os Equinócios de Primavera e Outono, conhecidos como “Quartos Cruzados”.

Representam as transformações da natureza de acordo com as estações do ano, tal como o ciclo Solar de Cernnunos, onde conta a história do Deus (em breve estarei falando mais sobre ele) em relação à Grande Mãe.

As estações de ano são diferente nos Hemisférios Norte e Sul, portanto isso deve ser levado em consideração e readaptado ao lugar onde nos encontramos.

Não vou me aprofundar muito no tema, pois isso é uma introdução, se quiserem saber mais, deixem um comentário no fim do post que eu retornarei com o assunto.

Cada Sabbath, portanto tem um significado e uma celebração. Colocarei eles de acordo com seu significado, começando por um dos mais importantes, o porquê do Dia das Bruxas.

SAMHAIN, comemorado no dia 31 de outubro no HN e no dia 30 de abril ou 1° de maio no HS, também é conhecido como o Dia Dos Mortos. Essa palavra é derivada de “Samana”, o Deus da Morte. Onde se homenageia os mortos e como acredita-se, é quando a Deusa se despede de Cornifero (Cernnunos), que deixará o mundo físico e irá para a escuridão. A morte do Deus, no entanto não é um dia de luto e sim um dia de celebração e respeito.

YULE, celebrada no dia 21 de dezembro no HN e no dia 21 de junho no HS, também conhecido como Solstício de Inverno. Comemora-se o renascimento de Cornifero do ventre da Deusa e o Deus toma forma de Sol. É um momento para se concentrar em coragem e proteção, onde são enfeitadas arvores como pinheiro ou o carvalho que são árvores sagradas para os Celtas.

IMBOLC, comemorado no dia 2 de fevereiro no HN e no dia 1° de agosto no HS, significa “em leite” e é homenageada a Deusa Brigid, Deusa do Fogo, que durante os invernos protegia aqueles que seguiam seu nome e sua crença. Também é considerado por muitos, um momento de purificação de espírito e do plano físico.

OSTARA, celebrada no dia 21 de março no HN e no dia 21 de setembro no HS, o Equinócio da Primavera. Onde Cernnunos está mais maduro e esbanja beleza e abundancia pela Natureza conhecendo a Deusa que está em seu período fértil. Momento para definir e traçar novos rumos, uma nova vida.


BELTANE, comemorado no dia 30 de abril no HN e no dia 1° de maio no HS, significa a “Fogo de Belenos” (O Deus Brilhante). Cornifero e a Deusa se apaixonam e unindo-se a Deusa engravida. É um ótimo momento para se renovar esperanças e o amor.


LITHA, celebrada no dia 21 de junho no HN e no dia 21 de dezembro no HS, o Solstício de Verão. Momento para refletir e comemorar o ápice do Sol e a Natureza. A Deusa estacada vez mais linda em sua gravidez.


LAMMAS, comemorado no dia 1º de agosto no HN e no dia 2 de fevereiro no HS, dia para homenagear o Deus Lugh e as Deusas do grão. Neste momento o Deus começa perder suas forças e o Sol também vai perdendo seu calor.


MABON, celebrado no dia 21 de setembro no HN e no dia 21 de março no HS, Equinócio de Outono. Neste período a Deusa fica triste por que sabe que o Deus deixara o mundo físico em breve e a Natureza começa a se preparar para o Inverno.

Não percam os próximos posts que teram grandes surpresas. Espero que eu tenha sido clara e direta sobre a Roda do Ano Celta, este é um assunto muito amplo, mas como eu já disse lá em cima, qualquer duvida deixe seu recado nos comentários que eu responderei logo que possível.

“Da escuridão à luz, assim seguirei meus dias para te reencontrar.”